Novas tendências

Passados dez anos do meu primeiro post, aproveito duas ocasiões para retornar.
A primeira delas é a repercussão desse blog, que me impressionou.
A segunda é a nova tendência das rádios.

1. A REPERCUSSÃO

Algumas pessoas comentaram e compartilharam seus momentos com a rádio, o que achei bem legal.
Muitas lamentaram o fim da história.
Em abril de 2008, vinheta gravada por Elói Moreno anunciava a mudança:

"ZYD 839
Stereo Vale FM
103,9
Emissora do Grupo Bandeirantes de Comunicação"

A partir dali, a emissora foi incorporada à Band, que já sondava uma rádio no Vale do Paraíba para aumentar sua cobertura.

Em abril de 2014 houve um golpe mortal para os fãs da Stereo Vale: o Grupo Bandeirantes mudou o posicionamento da rádio. Assim, o segmento jovem/rock/pop foi substituído por popular.

Em setembro de 2015, a valiosa marca Stereo Vale foi substituída. O Grupo transformou a frequência em uma retransmissora da Band, mantendo a linha popular. Estampou busdoor e propaganda por toda a cidade, apresentou a mudança em seus jornais televisivos, enfim, divulgou da maneira que considerou necessária.

Muitos comentários no post anterior refletem a decepção com essa mudança. Alguns saudosistas relembram a época de sucessos lançados pela rádio. Outros optaram pela mudança, como a Antena 1, que chegou à cidade por volta de 2012, se não me engano.

Seja como for, isso nos leva ao tópico número 2.

2. NOVAS TENDÊNCIAS

Em uma entrevista recente, o diretor da Jovem Pan, o Tutinha, falou sobre o futuro do rádio: o desafio está em sair das fórmulas tradicionais (veja aqui).
No caso da Jovem Pan, a fórmula foi o uso do audiovisual - alguns programas acontecem simultaneamente no Youtube, por exemplo. Eles também investiram em jornalismo de opinião aliado ao entretenimento, com programas sensacionais como o "Morning Show".
Ainda assim, a Jovem Pan está se curvando à mudança de comportamento. Jovens das classes A e B, talvez a C também, estão ouvindo música no Spotify, não sintonizam mais o dial no carro.
Assim, a programação precisa se ajustar a quem está ouvindo. Desta forma, a rede tem inserido, aos poucos, música popular - não por isso ruim - da nova safra de sertanejo, os chamados universitários, como Luan Santana, Maiara e Maraísa, e até alguns funks menos proibidos.

Isso nos liga à Band.

O Grupo Bandeirantes apostou nesta fórmula quando adaptou a programação da Stereo Vale em 2014, sacada mercadológica que antecipava uma tendência. Medida certeira para os negócios, mas fatal para os antigos ouvintes.
Mas, afinal, eles estavam envelhecendo, e velhos não sustentam rádio, certo?
Errado!

RÁDIO WEB

Essas informações explicam o motivo de escrever este post.
Um comentário publicado pelo Gustavo em meu post anterior me informou que a Stereo Vale renasceu como uma rádio web, e desde aquela hora estou gastando minha franquia ouvindo a emissora digital, com a programação de época - neste momento, a pedida é o "Arquivo 1039". Juro: só tocou música boa.
Se você quiser ouvir, relembrar as vinhetas tradicionais, o site é http://www.stereovale.com.br.
Só não tem os comerciais - mas quem quer que tenha?
Realmente, é uma era de novas tendências. O novo é usado para relembrar o antigo, como no caso deste smartphone que uso para ouvir algo que escutava há 20, 30 anos.
Romantismo? Saudosismo? Que seja. Tem muito pop, rock, eletrônico que dá de mil sobre os hits atuais e merecem ser ouvidos quantas vezes for necessário.

Viva à nova Stereo Vale!